segunda-feira, 26 de setembro de 2011

*-* texto brilhante de um amigo...


Olá!

Há um ano atrás, quando eu comecei a escrever, me perguntei se alguém teria vontade de ler o que eu escrevesse. E fui surpreendido quando logo na primeira "Fic" que eu divulguei na internet alcançou a marca de duas mil visualizações.

Imagine se cada pessoa no mundo usasse sua imaginação infinita junto com a criatividade e produzisse alguma coisa. Se os adolescentes deixassem a comodidade e passassem a expor de maneira honesta e franca suas idéias, pensamentos e sentimentos em histórias. Você certamente teria que viver mais três gerações para conseguir ler e aprender com cada pessoa desse mundo.

O que me fascina é a capacidade humana de recriar, reinventar e reproduzir sons, imagens, emoções, ideais. O poder de transformar seus sonhos em realidade.

E é tentando transformar um dos meus sonhos que eu passei a escrever.
Cristian Brenner


É outra coisa...

É outra coisa você ter com quem contar. Poder acordar pela manhã e receber um bom dia daqueles.
 Já parou pra pensar como seria se fossemos sós? Será que iriamos aguentar?
Já notou como é bom receber um sorriso sincero de qualquer um que seja?
Estar chorando e ter amigos pra te reanimar...
Sentir-se só e ouvir de alguém "Mas eu estou aqui."
Ou ainda estar bem e alguém lhe chamar pedindo "Me anima?"
É outra coisa viver com amigos.
Somos humanos e não nascemos pra solidão.
Quantas vezes sorriu com sinceridade pra alguém?
Quantas vezes disse "Eu te amo" de todo o coração para um amigo?
Quantas vezes achou que não era capaz e ouviu um "Vai!"
Amizade não escolhe idade, gênero, especie, etnia ou distancia...
A amizade nos envolve por completo e é algo que pode ser eterno sem medo.
É onde as brigas acontecessem e se desfazem rapidamente.
Para um amigo você pode sempre voltar sem vergonha...
Amigos de verdade sabem perdoar. Desculpar sem cobrar depois.
A amizade é dar e receber sem notar
Dê valor a quem está a tua volta. 
Como cantaria o grande Rei Simba (hihihi) "Somos mais do mil, somo UM"
Lembre-se de que está num mundo repleto de pessoas, com tantos sentimentos quanto você.
Acho que a era do individualismo já passou do seu limite.
Uma ótima semana!
Beijocas!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Boooooooooom diaaa!

Quem sabe hoje não seja o dia de você colocar em pratica algo que a muito queria fazer, mas ainda não tentou por qualquer motivo! Vamos fazer assim? HAOSHAOSHOAS Acorde! Tome um bom café da manhã, e um banho, por favor, e vá atras de algo que deseja! Entre alguns intervalos no teu dia, tente :) Seja aprender uma nova língua, seja dar um banho no teu cachorro haoshas qualquer coisa. Mas faça algo novo e desejado.

Beijinhoooos!! E uma MARAVILHOSA Sexta-Feria!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

HEEEII!!! OLHAAA AQUI!!!!! OIE???

Se você ler, encarrar tua preguiça e ler pra valer. Tu vai gostar e se encantar.  Leia! Não dói... não sempre.
Quantos vão ler essa postagem pequena?
hehehe.

Beijões

Hehehe nostalgia

Acho que eu só queria poder ficar ansiosa nos 5min antes de tocar o sinal do meio dia e poder ir pra casa. Poder sentir o frio na barriga quando o professor anuncia que via passar pra olhar o tema que eu não fiz. Ser completamente esmagada no"bar" pra conseguir comprar a fichinha do lanche, e depois ser esmagada pra tentar pegar o lanche e torcer pra que tenha o que eu queria. Queria poder chegar na sala de aula com aqueles colegas que me acompanhavam por anos e descobrir que tinha prova no dia e eu nem imaginava qual seria o assunto. Queria poder no finalzinho de cara trimestre ficar contando notas de sei lá onde e tentar descobrir que ficaria acima da média no boletim.
Acho que sinto falta de uma das maiores preocupações do meu dia era de quem ia chegar primeiro na porta depois do recreio. Pedir dinheiro emprestado pra lache e ficar braba quando me pediam.Quase arrancar todos os meus cabelos quando tirava uma nota baixa. Me divertir com os professores engraçados e me calar quando um professor brabo batia a caixinha de xis na mesa...
Quantas vezes enquanto estava na escola eu achei que ia sentir falta quando saisse?
VÁRRRIIIIIAAAASSSS, NÃO QUERIA TER SAIDOOOOOO!!! VOLTAAAAAA!!!

Medo

Ajoelhou-se novamente na pedra gelada a beira do rio e colocou ao seu lado sobre a terra úmida a bacia vazia. Era a terceira vez naquele dia que estava ali. As mãos e os braços ainda estavam doloridos pelas vezes anteriores que carregou a bacia cheia do rio até sua casa. E os olhos ainda estavam marejados de lágrimas que não conseguia conter. Usou o dorso da mão para afastar com raiva as mechas de cabelo que grudavam no seu rosto e secou as últimas lágrimas que caíram.
Respirando fundo olhou seu reflexo no rio. Naquela área o rio corria lento, permitindo que o reflexo lhe mostrasse os seus olhos vermelhos e inchados. Amaldiçoou mentalmente a mãe e os irmãos, principalmente os irmãos. A culpa de ser obrigada a buscar a água para a casa era deles. Sentiu as lágrimas brotarem novamente e olhou para cima num ato desesperado de impedi-las de cair.
Ficou assim por um tempo tentado enxergar o céu. Era meio difícil de vê-lo ali. As árvores se fechavam sob o rio como se quisessem protegê-lo de algo. Era um lugar bonito. O verde vivo da mata misturado com as flores vermelhas que nasciam nos troncos das árvores perto da margem formava uma das paisagens favoritas de Dafne. Pequenas fontes de luz saiam das fendas que os galhos deixavam, permitindo que o sol iluminasse belamente o ambiente.
Admirar o lugar evitou que ás lágrimas caíssem e deu um novo animo à menina. Sorriu sozinha. Não choraria mais por culpa deles. Não mostraria mais sua fraqueza. Pegou a bacia do seu lado e mergulhou-a no rio bem acima de seu reflexo, desfazendo-o.
A água estava gelada. Era normal que pela manhã a água estivesse gelada, mas agora ela estava muito mais do que nas primeiras horas do dia, quando ela tinha ido antes.
Um calafrio percorreu sua espinha. Levantou-se de súbito com um medo avassalador. Tinha que sair dali, não tinha ideia do que a deixava tão assustada, só sabia que não iria ficar para descobrir. Enquanto a bacia tocava o fundo do rio, Dafne corria.
Correu. Passou pela trilha que levava para a estrada aos tropeços, mas quanto mais se afastava mais o medo ia diminuindo. Quando chegou ao fim da trilha olhou para trás e lembrou da bacia que havia deixado no rio. Sua mãe não gostaria disso, não mesmo. Suspirou e voltou a correr, desejando que não houvesse nada dentro da mata que cercava a velha estrada de terra. 
Dafne tinha dez anos. Uma menina cheia de vida, com uma pele bastante clara para quem vivia no campo. Suas mãos e pés eram pequenos, mas bastantes machucados devido aos trabalhos que tinha que fazer em casa. Seus olhos eram grandes e marcantes, de um castanho escuro que mostravam claramente a tristeza que sentia. Os cabelos, também castanhos, caiam longos e ondulados até sua cintura. Tinha um nariz pequeno e arrebitado e lábios rosados e pouco carnudos. Vivia com a mãe e os três irmãos em uma casinha simples deslocada demais da única cidade que conhecia. O pai tinha morrido há algum tempo. Não chegou a conhecê-lo.
Era graças aos seus irmãos que Dafne estava sempre em apuros. Costumavam a usar como bode expiatório. Destruíam coisas, matavam pequenos animais e traziam para casa, aprontavam, e sempre conseguiam fazer com que, aos olhos da mãe, a culpa fosse dela. Então Dafne estava sempre de castigo. Muitas vezes sendo obrigada a fazer trabalhos pesados demais para uma criança, como ir buscar água no rio.
Ainda estava correndo quando alguém barrou seu caminho. Era Chad. Seu irmão mais velho tinha dezesseis anos, e, para Dafne, era um gigante. Tinha cerca de três vezes o tamanho dela, chegando a ser maior que a mãe. E além de ser grande de altura era extremamente forte. Era comum ver a mãe remendando as roupas dele, pois ele sempre arrumava um jeito de rasgar-las ou seus próprios músculos não cabiam mais nelas. Os cabelos dele estavam curtos, assim como de seus outros irmãos, mas eram tão castanhos quanto os dela. Os olhos, também parecidos com os dela, só mudavam em contraste com as sobrancelhas grossas dele e a pele dourada de quem vivia no sol. Mas Dafne só pensou em uma coisa quando o notou: Era o culpado por ela estar buscando água.
– Chad! Mano! Eu estava pegando água quando... – começou a se explicar.
– E pelo visto vai ter que voltar, não? – interferiu ele, com um sorriso maldoso na cara.
– Voltar? Mas, Chad! A água estava tão fria e eu achei... Bom... Eu senti um medo...
– Medo de água fria? – perguntou ele com uma sobrancelha levantada.
– Não da água. Eu tive a impressão...
– Não quero saber! A mãe vai ficar uma fera se não voltares com a água! Anda! Anda! E volte com uma desculpa melhor pela demora! – Chad falava enquanto a empurrava bruscamente para trás.
Dafne ficou sem fala, não queria voltar. Ouvindo Chad falar pareceu mesmo que era tudo tolice, mas mesmo assim, só de pensar em voltar sentiu o estomago embrulhar. Sem poder conter, as lágrimas voltaram a cair.
Chad revirou os olhos. Normalmente ele não ligava para o pranto dela, mas achava-o irritante. Novamente Dafne foi empurrada, dessa vez tão forte que caiu no chão. Mas ela foi esperta o bastante para não reclamar. Ficou um tempo no chão observando o irmão na estrada até perdê-lo de vista. Então se levantou, deu alguns tapas na roupa pra tirar um pouco da sujeira e voltou para casa silenciosamente. Não podia ser vista antes de Chad voltar.
Segui na estrada atenta, se Chad estava em campo aberto seus irmãos também poderiam estar. E poderia haver algum viajante por ali, era muito improvável, mas poderia acontecer.
Desde que se lembrava sua mãe sempre deixou bem claro que não poderiam ser vistos. Nunca soube realmente o porquê, mas sua mãe dizia que era porque os homens eram maus, e deveriam ser evitados. Alguns anos atrás a curiosidade de Dafne tinha superado o medo da mãe e resolveu aventurar-se até a cidade. Chegou a ver algumas pessoas, mas não chegou a entrar na cidade, sua mãe a pegou antes. Foi a maior surra que tinha levado até então. E com o passar dos últimos anos começou a acreditar na mãe sobre a maldade dos homens, principalmente graças à maldade de seus irmãos.
Quando finalmente chegou à frente das duas árvores com espinhos hesitou. A estrada de terra seguia adiante. Qualquer pessoa sem ser um deles seguiria por ela sem nem olhar para os lados. Talvez algum até parasse e admirasse as duas grandes árvores com espinhos que se misturavam na mata virgem na beira da estrada, mas era improvável que alguém escolheria entrar por elas e acampar em alguma clareira por ali. Mas Dafne não era qualquer pessoa. Então respirou fundo e entrou sorrateiramente entre as duas grandes árvores espinhosas.  
Para Dafne aquilo era muito normal. Estava longe de ser a primeira vez que precisava chegar sem ser vista em casa. Então continuou se embrenhando na mata, sem fazer qualquer ruído. Logo encontrou a trilha que a levava direto para sua casa, mas não seguiu por ela, manteve-se entre as plantas, e essas como em protesto machucavam-lhe a pele com arranhões de galhos que não conseguia evitar e puxavam e prendiam-se em seus cabelos.  
Depois de um determinado tempo caminhando pode ouvir barulhos e não demorou muito a ver Alex e Daniel. Ambos estavam brigando ou brincando, ela nunca sabia a diferença, na frente de casa. Os dois lembravam muito Chad, só eram menores. Alex tinha quatorze anos e Daniel estava com doze. Como estavam muito ocupados se matando Dafne não teve problemas em passar por eles sem ser notada.
Entrou em casa cautelosa. Sabia que a mãe não estava ali, mas preferiu não arriscar. Andou com passos incrivelmente silenciosos, como tinha aprendido a fazer com os irmãos. Passou reto pela cozinha, sala, o quarto dos irmãos e o quarto da mãe.  O seu quarto era o ultimo cômodo da casa. Entrou nele, fechou a porta com o trinco e escorregou nela até o chão. Ali ficou.
Sozinha. Era assim que se sentia sempre. Não tinha amigos e os irmãos pareciam ter um ódio profundo dela. A mãe estava sempre fora, e mesmo quando estava em casa era só para lhe xingar e dar ordens.  Logo sua vida se baseava a ficar naquela casinha e cumprir ordens. Para seus irmãos era diferente. Eles tinham uns aos outros pra brincar e a ela pra maltratar.
No dia anterior mesmo haviam roubado a única boneca que ela tinha e ainda falaram que deixaram na floresta. Dafne não ficava sem a boneca e mesmo sendo noite se embrenhou na mata fechada. Não sabia se tinha passado horas ou minutos lá, só sabia que estava com medo do lugar e desesperada pela boneca. E quando notou Chad estava ao seu lado, lhe puxando pela orelha e levando-a até sua mãe. Depois dessa aventura tudo que ganhou foi uma surra e mais trabalhos para fazer. E não teve a boneca de volta.
Mas agora não pensava na boneca. O medo que tinha sentido no dia anterior parecia até ridículo perto do que sentiu hoje. Por que saiu correndo daquele jeito? O que fez a água ficar tão fria? O medo foi da água?
Ficou um bom tempo pensando nessas perguntas, tempo demais. Ouviu a mãe chegar em casa e ir pra cozinha. Ouviu Alex e Daniel entrarem logo depois. E o tempo passou. E a pergunta chegou.
– Onde estão Chad e Dafne? – Perguntou a mãe.
Chad? Onde estava Chad? Ele já devia ter chegado. Passos soaram dentro de casa. E estavam se dirigindo ao quarto dela...
Agora a o medo foi diferente, se descobrissem que ela estava em casa iam perguntar pela água e se perguntarem pela água iam saber sobre Chad, aí ela seria culpada de novo.
Não pensou duas vezes. Saiu pela janela antes que abrissem a porta. Ia achar Chad antes que a achassem. E descobrir porque ele não voltou. Mas para isso teria que voltar ao lago. Gelou. Mas continuou correndo.